sábado, 20 de março de 2010

Azeitada de Alguidar

..................................... À primeira vista parece carne temperada para fazer uns deliciosos chouriços, a chamada Carne de Alguidar, mas se cheirarmos com atenção, sentimos esse inconfundível aroma que se sobrepõe ao do pimentão e vinha de alhos: o azeite!
A carne azeitada ou Azeitada de Alguidar, caracteriza-se precisamente por usar o azeite como tempero, impregnando-se do seu maravilhoso aroma.
Vale a pena esperar pela obra, que se pode fazer com qualquer parte do porco, embora vá especialmente bem com a rabadilha, lombo ou, como neste caso, com os tenríssimos lombinhos.
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Ingredientes:
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Carne de porco magra
Azeite
Sal
Pimenta
Massa de Pimentão
Alhos
Vinho branco
Vinagre de vinho
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Preparação:
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Seque bem a carne e parta-a em bifinhos. Tempere com sal marinho e envolva-a em azeite. Use um azeite virgem com sabor intenso, três ou quatro colheres de sopa bem cheias para meio quilo de carne. Deixe em repouso por 24 horas.
Estas 24 horas constituem a diferença entre uma azeitada e uma carne de alguidar. Tempere então com o resto dos ingredientes e dexe no frigorífico por mais 3 dias, mexendo diariamente.
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Grelhe os bifinhos numa chapa bem quente, sem qualquer gordura adicional,
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dos dois lados até ganharem uma cor loura e sirva com um acompanhamento a gosto,
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neste caso usei talins só escaldados e temperados de azeite e vinagre,
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mas todas as opções são possíveis, até uma simples fatia de bom pão.
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6 comentários:

moranguita disse...

adorei esta caren deve ser deliciosa
beijinhos

anna disse...

Bem, esta vou ter de experimentar, para comprovar aquilo que as fotos me passam...
3 dias, depois de outras 24 horas??? Se não fosses tu a dizer, não sei se arriscava...
Moral da história: vou mesmo fazer e depois conto.
Beijinhos.

Luís Pontes disse...

...pois é, Anna: há até coisas que eu faço e que nem me atrevo a mencionar aqui, para não serem motivo de escândalo, que os tempos vão de assépsias e purezas!
Não resisto a deixar-te esta preciosidade que traz a assinatura do grande Olleboma, António Maria de Oliveira Bello, ao tratar o Bife à Marrare no seu Culinária Portuguesa, obra póstuma de 1936 e que é, até hoje, a grande referência da cozinha portuguesa e no qual se inspirou Maria de Lourdes Modesto para a sua obra monumental:
"...150g de pojadouro ou alcatra que tenha estado em frigorífico a temperatura de 1 a 4 graus positivos durante cinco ou seis dias,..."
Já na altura não matava e continua a não matar! E o sabor depois desta sábia faisandage, ai o sabor!

cupido disse...

Claro que não preciso de dizer que me parece tentadora a proposta... Aliás, já tenho uns nacos a "azeitar" que serão devidamente marinados para degustar este fim de semana.

cupido disse...

Volto apenas para dizer que o meu ensaio sobre esta proposta me agradou muito...

anna disse...

Obrigada Luis, por entenderes.
Se tu dizes, eu sou mesmo capaz de acreditar e experimentar.
Beijinhos.